Passado o 1º Turno das Eleições
Municipais o PSTU agradece a todos que acompanharam nossas propostas nos
programas eleitorais, panfletos, conversas, postagens, etc.
Nós do PSTU,
juntamente com o PSOL e o PCB, apresentamos um programa que propunha uma cidade
para os trabalhadores, sem financiamento da burguesia e uma campanha militante
sem cabos eleitorais pagos; uma proposta de Municipalização dos Serviços
Públicos e um Plano de Obras Públicas para resolver os problemas
da educação, moradia, saúde, transporte, lazer, etc; bem como combater os
privilégios e a corrupção. Também fomos os únicos a combater toda forma
de opressão (machismo, racismo e homofobia) e ter políticas concretas
para isso.

No entanto, diante do resultado das urnas que levou ao segundo turno os candidatos Edgar Bueno (PDT) e José Lemos (PT), é nossa obrigação emitir nosso posicionamento público a respeito do que representam estas duas candidaturas para a classe trabalhadora cascavelense.
Para este 2º turno defenderemos o VOTO NULO porque não vemos diferença de
“essência” nas duas candidaturas. Chamaremos um voto de protesto contra os
ataques que nossa classe vem sofrendo tanto pelo governo federal do PT, quanto
pelo estadual do PSDB e municipal do PDT.
Quem é Edgar Bueno (PDT)?
Edgar
Bueno (PDT) é um rico empresário da cidade, um velho conhecido dos
trabalhadores, representante direto de um setor da burguesia da cidade. Recebe
apoio de Beto Richa (PSDB) que, dentre outras coisas, defende as
terceirizações, não cumpre com as promessas feitas aos servidores estaduais,
apesar das greves e mobilizações. Também compõe sua base de apoio setores do
agronegócio, latifundiários e grandes empresários da região. Seu partido, o
PDT, nacionalmente é base de apoio do Governo Dilma (PT).

Os servidores amargam perdas salariais e um plano de carreira
vergonhoso. A Lei do Piso dos educadores
municipais não está sendo cumprida integralmente, pois ainda não implementou o
1/3 da Hora Atividade.
Os
serviços básicos são precários: caos na saúde, muitas ruas sem asfalto, falta
de saneamento básico, o transporte público é péssimo. Uma administração voltada
para o fortalecimento do capital privado, enfim, bem longe da “cidade ideal”
propagandeada no horário eleitoral do candidato.
José Lemos (PT) representa a
diferença?
Por já terem feito as experiência com Edgar Bueno
muitos trabalhadores acreditam que Lemos represente a diferença. Nós do PSTU
não acreditamos nisso e temos a obrigação de justificar nossa posição através
de exemplos concretos.
Enganam-se os trabalhadores que consideram que, com
o PT no poder, existe um governo de esquerda ou um governo dos trabalhadores. Embora Lemos (PT) tenha um histórico
de luta sindical no passado, ele não pode ser visto isoladamente, tanto de seu
partido quanto de seu programa. Em política a organização se dá por partidos e
os partidos se expressam através de programas. Em política não existe
indivíduos isolados.
O PT de hoje tem uma das mais caras campanhas eleitorais
de sua história e defende um programa para os ricos e poderosos que financiam
sua campanha e está envolvido em escândalos de corrupção da mesma forma que o
PSDB e o DEM.

Já defendeu publicamente as ditas parcerias
público-privadas para o transporte público que nada mais são do que
privatizações disfarçadas.
Omitiu-se sobre bandeiras históricas do movimento
LGBT pela criminalização da homofobia e declarou diante das câmeras de
televisão que é contra o aborto jogando na lata do lixo da história a luta do
movimento feminista em defesa do direito das mulheres decidirem sobre seu
próprio corpo para combater as milhares de mortes e problemas de saúde que
sofrem devido a criminalização.
Lemos
fala em seus programas que vai ouvir a todos, aparece como um grande defensor
da democracia. Mas é importante lembrar que a sua tendência política no PT
(DS-Democracia Socialista) foi a principal articuladora do golpe nas eleições
da APP-Sindicato de Toledo em 2011, que impediu a posse da chapa
democraticamente eleita. Tire suas dúvidas no link:
Lemos é aliado com o PMDB de
Sarney que é base de apoio de Beto Richa PSDB. O próprio PT está junto com o
PSDB em várias cidades no Brasil. Recebeu recentemente também o apoio do PP dos
Barreiros e de Sperafico e disse recentemente em um canal de TV de Cascavel que vai
lutar para ter o apoio do PSD de Lange. Quando questionado sobre as farpas entre
ele e Lange (PSD) no primeiro turno Lemos (PT) foi taxativo: "temos mais
convergências que divergências (...) queremos o apoio de Lange e de todos que o
apoiaram".
Lembrando que, dentre os apoiadores de
Lange (PSD) estão Alfredo Kaefer (PSDB) e o ex-DEM Sciarra agora no PSD. Não dá
pra governar para os trabalhadores junto com estes senhores!
Apesar de toda confiança depositada pelo povo brasileiro o plano
econômico em vigor de Dilma no país é neoliberal, com o mesmo conteúdo do que
foi aplicado por FHC. Está apoiado nas multinacionais e nos bancos que tiveram,
nos dois governos Lula e no de Dilma, lucros maiores que nos tempos do PSDB.
Até mesmo as privatizações foram mantidas pelo PT e, agora, ampliadas por Dilma
às rodovias, ferrovias e aeroportos.
Não é por acaso que as empreiteiras e os
bancos dão mais dinheiro para as campanhas do PT que para as do PSDB e do DEM.
Dilma já cortou mais de 3 bilhões da educação e 10
bilhões saúde para garantir o envio de quase metade da arrecadação do país à
agiotagem internacional. Este mesmo governo que é amplamente reivindicado por
Lemos.
Recentemente
foi apresentado um anteprojeto de lei no congresso nacional de reforma
trabalhista. O ACE (Acordo Coletivo Especial) visa tornar o negociado superior
ao legislado, ou seja, é a livre negociação entre patrões e empregados, que,
todos sabem quem tem mais força especialmente em épocas de crises. Esta
proposta foi encaminhada pelo sindicato dos metalúrgicos do ABC, dirigida pela
CUT, hoje base de apoio do PT. Mais informações no vídeo ao lado e leia no link http://pstu.org.br/movimento_materia.asp?id=14461&ida=0
Nossa
coligação teve como lema Cascavel para os
Trabalhadores porque são eles os produtores das riquezas e em nosso
entender são eles que devem se beneficiar desta riqueza.
Ao dizer que vai
“governar para todos” o PT engana a classe trabalhadora pois, enquanto se
destina bilhões aos grandes empresários que dominam o transporte, a coleta de
lixo e as obras públicas, restará somente as “migalhas” e políticas
compensatória aos trabalhadores. São sobre estas migalhas que o chamado
“Orçamento Participativo” do PT pretende que os trabalhadores decidam o que
fazer.
Não enganamos
eleitores para conquistar votos e uma vaga no parlamento. Não escondemos nossas
bandeiras, ainda que isso signifique levantar polêmicas importantes e afastar
setores conservadores.
Nos orgulhamos da vitória de nossos candidatos a
vereadores eleitos Profª Amanda Gurgel, de Natal, que fez mais de 32 mil votos,
de Cleber Rabelo, operário da construção civil de Belém, que fez mais de 4 mil
votos sem rebaixar nosso programa e abdicar de nossos princípios.
Votar
nulo no Segundo Turno não é se omitir. Não temos que procurar o menos pior como
pensam alguns. Também entendemos que não há diferenças fundamentais nos
projetos dos dois candidatos. Ambos são financiados por grandes empresas e após
as eleições a prioridade será atender os empresários. Aí o eleito dirá ao
povo: "não temos dinheiro", "estamos analisando", aquela
enrolação de sempre. Mas para os patrões a conversa será diferente. A
experiência mostra que os governos que dizem defender todos, na realidade só
querem o voto dos trabalhadores, mas vão defender os patrões.
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