domingo, 29 de julho de 2012

Dobrar o numero de creches e valorizar os educadores!


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU:
Cascavel para os trabalhadores!











A EDUCAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE ESPERAR! 10% DO PIB JÁ E NÃO EM 2023!

A educação é um direito fundamental, pode ampliar a visão de mundo e comprometer as pessoas com uma sociedade justa e igualitária. A luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”. No entanto, o Estado não cumpre sua obrigação.

A situação do ensino é caótica. O Brasil tem o maior índice de analfabetismo da América Latina (14 milhões) além de 30% de analfabetos funcionais (29,5 milhões). Um dos motivos desta situação é que apenas 68% da população brasileira concluem o ensino fundamental (8ª série ou 9º ano). Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos superexplorados da sociedade. As escolas públicas – básica e superior –  estão sucateadas, arrocho salarial para os trabalhadores, falta de funcionários (as), sobrecarga e doenças do trabalho e assistência estudantil insuficiente.

Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra educação!

O Plano Nacional de Educação de 1997, a partir de um diagnóstico da realidade educacional de várias entidades, indicou metas para garantir que todos tenham direito a educação pública e de qualidade no Brasil. Nesse sentido foi proposto investimento público da ordem de 10% do PIB nacional.

Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7%, percentual vetado pelo governo FHC (PSDB) e veto mantido por LULA (PT). Passados 14 anos, a proposta do Governo DILMA (PT) para o Plano Nacional de Educação (PNE) em debate no Congresso Nacional define a meta de 10% do PIB para a Educação em… 2023! Incluindo aí a educação pública e privada.

Em 2011 o Governo vai gastou apenas 2,92% do orçamento com a educação e 49,15% no pagamento de juros da dívida pública à agiotagem internacional. Como se não bastasse, Dilma em seu primeiro ato de governo em 2011 cortou 50 bilhões do orçamento público (record) dos quais 2 bilhões foram da educação e 5 bilhões da saúde pública.

Dilma deve priorizar a educação pública!
Não podemos aceitar o argumento do Governo de que não há recursos. O pagamento da dívida pública, as isenções fiscais para o setor empresarial, os recursos públicos usados para a copa e as olimpíadas, o dinheiro público destinado ao ensino privado, os recursos que se perdem na corrupção… ou seja, verbas existem, o que não existe é PRIORIDADE!

CASCAVEL NÃO É DIFERENTE!
Atualmente temos mais de 4 mil crianças aguardam vaga nos 38 C.M.EI.´s de Cascavel. Só no CMEI do Interlagos, que atende 120 crianças, tem 300 na fila de espera e no da Faculdade, que atende 92, tem 450. O município atende pouco menos da metade das crianças que demonstram interesse (2000 crianças).
No Brasil, depois de 10 anos de Governo do PT, a rede pública atende pouco mais de 2% das crianças. Somado com a rede privada não passa de 5% (CONAE – Conferência Nacional da Educação/2010).
A partir de 2001 as antigas creches passaram a ser responsabilidade da educação, porém sem aumento dos recursos federais.

Manifestação de estudantes  da Unioeste no dia 25 de Agosto protestando contra cortes de Richa.

Por meio de um inquérito civil público, o Ministério Público interveio no final de 2011 e exigiu soluções do prefeito Edgar Bueno (PDT). As vésperas das eleições municipais o Governo Municipal e o representante do Gov. Federal (Dep. Lemos) vem anunciando que o Fundeb já mandou verba pra construção de 12 CMEI´s (Super Creches). Isso não resolve nem a metade do problema da cidade. Hoje é necessário a construção de no mínimo 40 CMEI´s para resolver o problema emergencial.

Porém o prefeito Edgar (PDT) demonstrou que o direito a educação infantil não é prioridade. As sete “Super Creches”, agora anunciam 12, que estão por ser construídas atenderão a aprox. 800 a 1000 crianças o que não resolve o problema. Enquanto isso muitas mulheres acabam abandonando o emprego pra ficar em casa cuidando das crianças, deixando com parentes ou pagando creches privadas.
Mas o problema central ainda não é esse. Os CMEI´s são de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo e social da criança, seu acompanhamento por uma equipe técnica preparada para detectar problemas na fase inicial da vida da criança (saúde, nutrição, violência doméstica, etc.). Os pais trabalham o dia todo e, longe de casa necessitam de um lugar seguro e adequado para trabalharem com tranquilidade. A escola e os CMEI´s assumem esta importantíssima função e a carência de vagas nega o direito da criança à Educação Infantil garantido pela Constituição, ECA e na LDBEN.
 
Grande parte dos CMEI´s tem problemas com a estrutura física inadequada. Não tem brinquedoteca, biblioteca e na maioria falta inclusive sala para os professores realizarem hora atividade.
ESCOLAS MUNICIPAIS:
Nas escolas municipais a situação não é muito diferente e a irresponsabilidade com a educação é vista a olho nú. O ano letivo de 2012 começou com falta de salas de aula e o quadro de professores estava incompleto em 20 escolas. Faltavam 67 professores. Só na Escola Fco Vaz de Lima faltavam 8 professores. Algumas turmas chegavam a ser atendidas por professores auxiliares, diretores e pedagogos sem saber quem seria os professores regentes. Tudo isso acaba interferindo na qualidade do processo de ensino/aprendizagem. Os contra turnos escolares, para alunos com maiores dificuldades, acabam também sendo prejudicados.

ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL:
- Problema na contratação de estagiários, rotatividade, salários baixos, etc.
- Exigência de Concurso específico de artes com licenciatura.
- Os laboratórios são improvisados. Melhorias.
- Problema central: Falta recurso federal: 10% do PIB pra educação pública já!

EDUCAÇÃO ESPECIAL
- Estrutura não apropriada: falta de acessibilidade.
- Qualificação dos profissionais da educação para um atendimento de qualidade aos portadores de necessidades especiais.
- Parceria efetiva entre educação e saúde (fisioterapeuta, neurologista, psicólogo, etc.).

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
O grande problema da falta de professores na rede municipal de ensino em Cascavel é a desvalorização do profissional de educação: a sobrecarga de trabalho, ausência de um Plano de Carreira que realmente valorize os profissionais da educação e a falta de atendimento à saúde dos profissionais. Por conta deste descaso, grande parte dos professores e pedagogos optam pela carreira no Estado ou desistem da profissão.

Edgar não correspondeu com o que a categoria esperava: um aumento do Piso Nacional de 22%, cumprindo apenas a Lei do Piso Nacional para os Monitores Educacionais (15% aumento + 7% inflação). Porém, não pagando retroativo a primeiro de janeiro, não encaminhou o PCCS e não efetivou a Hora Atividade de 33% garantida em lei. Segundo a administração pública esta discussões serão retomadas com a categoria a partir de Agosto, possivelmente enviando a Lei para a Câmara de
Vereadores em Outubro para implementação em 2013.
Bandeiras:
  • Dinheiro Público na Educação Pública!
  • Acompanhar o aumento do Piso Nacional anualmente, 33% da Hora Atividade, unificação dos profissionais de educação em uma mesma categoria e encaminhamento do PCCS à Câmara de Vereadores construído junto com os trabalhadores.
  • Inclusão das equipes multifuncionais nas escolas do município (psicólogos, pedagogo, assistente social, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional).
  • Contratação de trabalhadores por concurso público, incluindo aí profissionais de artes com licenciatura. Os estagiários não podem substituir os trabalhadores concursados.
  • Investimento para garantir qualidade na estrutural dos laboratórios.
  • Construir salas de aulas que garantam o atendimento a todas as crianças do município e garantir a contratação de profissionais de educação em número suficiente no inicio do ano letivo.
  • Construção de Campanha Permanente nas escolas contra a violência, pelo respeito a diversidade e contra a intolerância machista, racista e homofóbica.
  • Implementação de Educação em Tempo Integral em todas as escolas do município combinada com a luta por 10% do PIB para a educação pública já!
  • Defesa da implementação de fato do currículo construído pelos trabalhadores da educação do município.
  • Dobrar o número de CMEI´s (antigas Creches) para acabar com as filas já! E, garantir condições de trabalho adequadas aos profissionais de educação infantil.
BANDEIRAS GERAIS
  • Contra a lógica produtivista que procura produzir máquinas humanas para o mercado de trabalho. Por uma educação de qualidade - e não de quantidade – com capacidade crítica para transformar a sociedade!
  • Luta intransigente por 10% do PIB para a educação pública já!